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MAKINGOF - Quatro fintechs que estão aproveitando benefícios do 'open banking' no Brasil

20 de abril de 2018

Uma norma deve modificar a forma como instituições financeiras oferecem serviços bancários para os usuários. Conhecido como open banking (abertura bancária, em tradução literal), a modalidade permitirá que os bancos compartilhem tecnologias e informações de clientes com terceiros. Com isso, novos serviços poderão ser ofertados, garantindo maior integração, acessibilidade, além de uma maior democratização e poder de escolha de serviços pelos consumidores.

Essa norma ganhou maior visibilidade após entrar em vigor na Europa no início deste ano. Conhecida como PSD2 (sigla para diretiva revisada sobre os serviços de pagamento, em tradução livre), a diretriz obriga as instituições financeiras da União Europeia a abrirem suas tecnologias de interface de programação (conhecida no jargão técnico como APIs) para que outras empresas possam ter acesso e assim criem novas soluções em cima dessas. É nesse contexto que startups e fintechs (empresas com foco em tecnologia financeira) podem desempenhar papel decisivo.

No Brasil ainda não há uma diretriz que obriga as instituições financeiras a compartilhar informações e dados dos clientes para terceiros a partir das APIs. Mas iniciativas começam a surgir a partir do modelo europeu. Bancos e fintechs começam a criar soluções inovadoras com base no open banking. Quatro fintechs brasileiras já estão aproveitando os benefícios. Veja:

Quanto
Em parceria com instituições financeiras, a fintech já colocou em prática algumas iniciativas. Uma delas foi firmada com o Banco Rendimento, que permite que pequenas e médias empresas criem digitalmente uma conta corrente para Pessoa Jurídica. A parceria da Quanto com o Banco Rendimento integra todos os sistemas do Banco com a Quanto, fazendo com que o usuário final tenha a experiência de utilizar um internet banking especializado para o segmento PME.

Hash lab
Especializada em implementação de Provedores de Serviços de Pagamento (PSP, na sigla em inglês) para outras empresas, com a iniciativa, a startup conseguirá oferecer serviços bancários mais integrados. “Especificamente em pagamentos, faz muito sentido uma integração entre soluções de provedores de pagamentos com a parte bancária a partir do sistema open banking”, afirma Thiago Arnese, sócio-fundador da Hash lab.

Conta Azul
Em parceria com o Banco do Brasil, a Conta Azul, especializada em gestão empresarial para micro e pequenas empresas (MPEs), já colocou em prática, em meados do ano passado, uma iniciativa de open banking. Uma integração permite que os clientes MPEs integrem informações bancárias com a plataforma. A integração de sistemas, via APIs, permite que empresas e desenvolvedores conectem os sistemas aos do banco, compartilhando dados e realizando transações de forma automatizada.

Guia Bolso
É por meio do open banking que a fintech espera ampliar a gama de serviços. A ideia é oferecer cada vez mais produtos que atendam mais pessoas, seja cartão de crédito, investimento, seguro ou qualquer outra coisa. Esse é o movimento do open banking que o Guia Bolsa aposta, colocando o usuário como dono da informação, ao escolher o serviço que quer usar.