ESTADÃO - Busca por dólar em casas de câmbio dispara, mesmo com moeda em alta
8 de dezembro de 2017
Busca por dólar em casas de câmbio dispara, mesmo com moeda em alta
Na modalidade turismo, dólar chegou a ser cotado a R$ 3,70; compradores, no entanto, tiveram dificuldade em comprar moeda
Anna Carolina Papp, Ana Carolina Neira, Malena Oliveira, O Estado de S.Paulo
18 Maio 2017 | 18h41
A busca por dólares nas casas de câmbio disparou nesta quinta-feira, 18, com notícias de que os donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, gravaram o presidente Michel Temer dando aval para a compra do silêncio do deputado afastado Eduardo Cunha, atualmente preso após investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
A demanda avançou mesmo com a forte alta da moeda, que chegou a ser cotada a R$ 3,70 na venda, na modalidade turismo. Compradores, no entanto, tiveram dificuldades para fazer a conversão e as trocas chegaram a ser interrompidas em algumas casas.
A plataforma Melhor Câmbio, que reúne corretoras de 15 Estados, apresentou instabilidade no acesso no início da tarde. "A média de visitantes quase triplicou, passando de 800 para mais de 2 mil", diz Stéfano Assis, presidente da startup.
Em São Paulo, a cotação do dólar turismo variava de R$ 3,51 a R$ 3,69 no início da tarde para a compra de moeda em espécie, segundo a Melhor Câmbio. Após o fechamento do mercado à vista, a cotação do dólar turismo subiu para a faixa entre R$ 3,58 e R$ 3,70. Na véspera, a moeda era encontrada por R$ 3,26,
em média.
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Os preços no cartão são tradicionalmente maiores por conta da alíquota de 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que é pago pelo consumidor no ato da compra. Para moeda em espécie, essa alíquota é de 1,1%.
Para o cartão pré-pago recarregável, a cotação variava entre R$ 3,68 a R$ 3,77 no início da tarde. Ao fim dos negócios, a faixa subiu para valores entre R$ 3,75 e R$ 3,80.
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Presidente da Neo Câmbio, plataforma que reúne diversas corretoras, Jung Park explica que muitas dessas empresas deixaram de trocar moeda por terem um estoque baixo e também por um problema de comunicação entre bancos e o Banco Central, que informa a essas instituições a cotação que deve ser utilizada nas operações. "A estratégia foi vender mais caro ou interromper os negócios", diz Park. O executivo afirma que o número de usuários da plataforma passou de uma média de 2 mil para 4 mil hoje.
Na Cotação Corretora, houve atraso na abertura. "Em vez de 9h, a abertura foi um pouco antes das 10h. Esperamos porque queríamos ter a precificação correta. Depois disso operamos normalmente", diz Alexandre Fialho, diretor da Cotação Corretora. O executivo diz que a demanda pela moeda americana foi de três a quatro vezes maior do que o habitual.
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